O consumo de chocolate no Brasil é cada vez maior. O país é o terceiro maior produtor da iguaria no mundo, atrás dos Estados Unidos e da Alemanha. Segundo a ABICAP (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), 75% dos brasileiros consomem chocolate, sendo que 56% são mulheres e 35% não trocam o doce por nenhum outro tipo de alimento.
É impossível resistir à tentação durante o período da Páscoa. O chocolate é um ingrediente que tem o poder de deixar as receitas ainda mais gostosas e visualmente irresistíveis, sem contar a vasta quantidade de opções disponíveis no mercado. “Quando se trata de cáries, o mito de que o chocolate traz muitos problemas aos dentes se torna a preocupação número um de muitas pessoas, em especial para as crianças. A realidade é que todos os alimentos que contém carboidratos fermentais podem contribuir para a formação de cáries”, ressalta a dentista Debora Ayala.
O chocolate pode até causar um processo de redução de desmineralização dos dentes, mas ele protege o esmalte dentário por ser rico em proteínas, cálcio, fosfatos e outros minerais. “Por este motivo é muito importante escovar os dentes até 15 minutos depois de ingerir a guloseima principalmente para quem usa aparelhos ortodônticos. O chocolate se torna mais pastoso e fácil de grudar em sua estrutura”, explica Ayala.
Outro detalhe importante para a prevenção à cárie é o consumo de chocolates meio amargo e ao leite. Eles contêm menos açúcar, diminuindo a produção do ácido prejudicial à saúde bucal. “Ingerir produtos a base de cálcio, frutas, fibras, hortaliças, grãos integrais e até mesmo doces podem ajudar na prevenção da cárie. Para saborear sem peso na consciência é importante não exagerar. O consumo deve ser feito em quantidades pequenas e é fundamental manter uma boa escovação, sem eliminar o uso frequente do fio ou fita dental. Esse hábito evita a formação de cáries e doença gengival”, diz a dentista.
Estudo realizado na Universidade de Cambridge mostrou que o consumo de chocolates sem excesso diminui em 37% o risco de doenças cardíacas e em 29% as chances de acidente vascular cerebral. A Associação Brasileira de Odontologia alerta que o ideal é consumir a iguaria após as refeições e não entre elas.
“O chocolate é rico em substâncias químicas e a ingestão do doce provoca a liberação de serotonina e endorfina no cérebro favorecendo o bom humor. Possui vitaminas e minerais coo: vitamina B3 e B5, potássio, magnésio, cobre, zinco, selênio e alto teor de compostos antioxidantes que contribuem para a saúde cerebral, inflamações, protege contra doenças cardiovasculares, diminui o LDL (colesterol ruim) e câncer. O chocolate contém cafeína e teobromina que ajudam a equilibrar o açúcar no sangue e auxilia na perda de peso, se consumido moderadamente”, ressalta Elaine Fontes, nutricionista clínica e estética responsável pelo SPA Longevity Sisley.
A nutricionista lembra que para não sabotar a dieta o ideal é consumir de 5 a 10 gramas por dia e de preferência chocolate amargo com alto teor de cacau entre 70 a 90%. Caso contrário, o resultado será os famosos quilinhos indesejáveis. (Porta Voz Assessoria de Imprensa)