Na Índia, a força de trabalho é crescente, e o crescimento populacional estimula a atividade econômica. Na China, o número de adultos em idade produtiva, capazes de sustentar uma população, está envelhecendo.
Quando um país tem um baixo nível de fertilidade, é difícil recuperar o crescimento populacional, mesmo com mudanças na política do governo para incentivar mais nascimentos, disse Toshiko Kaneda, diretor técnico de pesquisa demográfica do Population Reference Bureau, em Washington.
“Psicologicamente, será difícil para a China, especialmente devido à rivalidade entre os dois países em outras áreas”, disse Stuart Gietel-Basten, professor da Khalifa University of Science and Technology, em Abu Dhabi. O professor afirma que esse é um grande momento da humanidade.
De onde tiraram esses números?
A base dos números são os censos, ou contagens de pessoas, que, na teoria, acontecem a cada década.
O último censo da China foi em 2020. Os demógrafos usaram registros de nascimento e óbito, juntamente com outros dados administrativos, para calcular como a população cresceu desde então.
O último censo da Índia foi em 2011. O censo programado para 2021 foi adiado pela pandemia de Covid-19.
Sem uma contagem real por mais de uma década, as pesquisas de amostra preencheram as lacunas para ajudar os demógrafos a entender sua população, disse Alok Vajpeyi, da ONG Population Foundation of India, de Nova Delhi.
Andrea Wojnar, representante do Fundo de População da ONU para a Índia, disse que a agência está confiante nos números da pesquisa “porque usa uma metodologia muito robusta”.