O deputado Sílvio Costa não compareceu à solenidade de lançamento da candidatura do senador Armando Monteiro Neto ao governo estadual. Viajou propositadamente para o Sertão do Pajeú, a fim de não participar do evento. Ele foi até pouco tempo um dos políticos mais próximos ao senador a ponto de ter dito em certa ocasião que o partido dele chamava-se PAM (Partido de Armando Monteiro). Mas de uns tempos para cá foram se distanciando. Não houve rompimento formal entre os dois, mas apenas distanciamento por questões estritamente políticas. Sílvio autolançou-se em 2017 para disputar um cargo majoritário nas próximas eleições, como “senador de Lula”, embora deixando claro que não é “petista”, e sim “lulista”, sem combinar com o senador, que não tinha interesse em tê-lo em sua chapa, supostamente pelo seu “lulismo exacerbado” e também porque iria precisar da vagas de vice e das duas do Senado para agregar políticos que fortaleçam o palanque das oposições. Sílvio já era “armandista” e por isso nada agregaria ao projeto eleitoral do senador. Excluído, portanto, da chapa majoritária das oposições, partiu para fazer campanha em faixa própria, empunhando a bandeira do “lulismo”, que ainda é forte em Pernambuco dado que em alguns municípios do interior o ex-presidente chegar a ter 70% de intenções de voto. (Inaldo Sampaio)