Nas eleições de 2014, o PSB e o PTB travaram uma disputa pelo governo de Pernambuco que será reeditada em 2018 com Armando Monteiro e Paulo Câmara novamente disputando o Palácio do Campo das Princesas. Se naquela ocasião os chapões liderados pelo PSB e pelo PTB ficaram com 38 das 49 vagas da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a representatividade de ambos podem se reduzir a 20 vagas das 49.
O chapão do governador Paulo Câmara será composto apenas por PSB, PSD e MDB, tendo 15 deputados de mandato tentando reeleição, e de novato com chances de vitória apenas Aglailson Victor. Com apenas um puxador, que é o Presbítero Adalto, eleito com 158.874 votos em 2014, e que deverá repetir a votação, o chapão liderado pelo PSB não tem uma boa cauda, o que diminui a quantidade de eleitos na chapa, nas contas preliminares este chapão elegerá entre 11 e 13 parlamentares, com os últimos eleitos atingindo mais de 45 mil votos, chegando próximo de 50 mil votos, quantia bem abaixo dos 26 eleitos em 2014.
Já o chapão de Armando Monteiro sequer tem o puxador e igualmente não tem cauda, a perspectiva para o mais votado da chapa é de 60 mil votos, o que permite conjecturar uma chapa com oito a dez eleitos, bem abaixo dos doze eleitos em 2014 pela oposição. A quantidade de votos deve oscilar 40 e 45 mil votos. Neste contexto, fica cristalizada a possibilidade de até 29 vagas serem compostas pelas demais chapinhas, fragmentando a Alepe, e dificultando a governabilidade daquele que chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
As demais chapas trazem destaque para a liderada pelo PP, que junto com PR, PMN e Solidariedade pode alcançar dezesseis parlamentares, e a do PSC que junto com PMB e PSDC podem eleger até seis parlamentares, deixando para estes sete partidos um protagonismo muito maior do que o obtido durante os quatro anos de Paulo Câmara. Além da dança das cadeiras dos partidos, está cristalizada uma grande possibilidade de alteração na composição da Casa Joaquim Nabuco com parte significativa dos atuais representantes ficarem de fora da nova legislatura devido a quantidade excessiva de chapinhas proporcionais. (Por Edmar Lyra)