Os deputados federais de PP, PCdoB, Solidariedade e PDT anunciaram no mês passado em Brasília que estavam decididos a formalizar uma chapinha para eleger pelo menos cinco parlamentares que não estavam querendo disputar no chapão da Frente Popular. Este movimento gerou algumas insatisfações na base do governo, dentre elas a saída de Guilherme Uchoa do PDT e que na semana passada formalizou a entrada no PSC, mas ao que parece ninguém que tenha menos de 100 mil votos quer ficar no chapão do PSB, que deverá ser formado também por PSD, PR e PT.
O último a anunciar a entrada na chapinha foi o deputado federal João Fernando Coutinho, que assumiu o PROS na semana passada e já conquistou a entrada de Henrique Queiroz, que tentará um mandato de deputado federal e deverá formalizar a ida para o partido nos próximos dias. Com esta conta, a chapinha composta por PP que terá Eduardo da Fonte, Eriberto Medeiros e Marinaldo Rosendo, PDT que terá Wolney Queiroz, Solidariedade com Augusto Coutinho e Kaio Maniçoba, PCdoB com Luciana Santos e PROS com João Fernando e Henrique Queiroz tem potencial de eleger pelo menos sete deputados federais.
Porém, o que se chama de camurim cevado, que tem potencial de 30 a 40 mil votos não tem o que fazer no chapão porque não chega nem perto, e corre o risco de atingir esta votação e não chegar ao mandato numa chapinha de partidos nanicos, então vai preferir arriscar nesta chapa que deverá se tornar cada vez mais atrativa. O fenômeno visto em 2014 na chapa que elegeu Kaio Maniçoba e nas chapinhas de estadual deverá se repetir em 2018 de forma mais efetiva, sendo que agora com chances de levar nomes ao legislativo federal com pouco mais de 60 mil votos.
Esta semana, a bancada composta por estes partidos se reunirá em Brasília no sentido de alinhar as estratégias e estabelecer regras para manter a sua atratividade, uma vez que ninguém quer mais ficar no chapão do PSB, exceto Humberto Costa, Raul Henry, André de Paula, Sebastião Oliveira e os nomes do PSB como Tadeu Alencar, Felipe Carreras, Milton Coelho, João Campos e Danilo Cabral, que estarão no chapão em qualquer circunstância, quem tem menos de 100 mil votos não quer nem ouvir falar na hipótese de entrar no chapão da morte liderado pelo PSB.