Mesmo antes de consumado o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, já se falava em eleições presidenciais. Agora, com a divulgação da lista do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin – que abriu 98 inquéritos e remeteu mais de 200 petições para outras instâncias do Judiciário –, as especulações ganharam novos ares. Não é por menos.
Na lista estão alguns dos principais nomes da política brasileira, o que levantou a questão: quem está de fora e quem – dos que estão dentro – chegará ileso ou ao menos vivo politicamente para disputar a corrida eleitoral de 2018 que deve começar para valer daqui, mais ou menos, um ano.
Do lado do PT e do PSDB, partidos que polarizam as disputas eleitorais nacionais desde 1994, as incertezas são enormes. Lula, que antes das delações da Odebrecht vir a público vinha aparecendo como líder em todas as sondagens para 2018, apesar de também registrar alta rejeição, é réu em cinco ações judiciais e, nos últimos dias, teve o nome amplamente ligado as esquema de corrupção da construtora.
O ex-presidente é o principal e único nome, por enquanto, do PT. Do lado dos tucanos, o senador Aécio Neves foi um dos mais atingidos na lista de Fachin. Ao todo, cinco inquéritos pesam sobre seu nome.