Num jarro de cerâmica, homens bebem um líquido bege com grãos e palha flutuando. Um canudo feito de junco passa de um para o outro, até eles se sentirem embriagados. O ritual era comum tanto para o homem de 12 mil anos atrás como para nós. No centro da mesa, a cerveja.
A bebida que vemos hoje sendo servida gelada, com espuma e com gosto amargo, mudou muito desde que foi “descoberta”, há aproximadamente 10 mil anos. Naquela época, o homem havia acabado de abandonar o modo nômade e tinha passado a se fixar e a seenvolver com a agricultura. Ao cultivar grãos, ele percebeu que eles ficavam com gosto doce quando embebidos em água e que passavam por uma verdadeira transformação se ficassem assim por muitos dias. A fermentação do açúcar por leveduras fazia o “mingau” de cereais virar uma substância efervescente e embriagante. Estava feita a cerveja.
Depois da descoberta, veio o aprimoramento da bebida. A adição de mel, frutas, ervas e temperos produzia cervejas dos mais variados sabores – eram pelo menos 17 tipos. As referências a elas eram variadas: “a celestial”, “a boa e bela”, “a produtora de alegria”.