A união de PP, DEM, PRB e Solidariedade não mira só as eleições de 2018. O grupo, que ainda trabalha para atrair PTB e PR, quer se estabelecer como bloco partidário indispensável à governabilidade de qualquer que seja o presidente eleito. Somadas, as seis siglas chegam hoje a 181 deputados. A adesão daria a eles peso para desequilibrar a corrida deste ano —e também para se proteger: se escolherem o candidato errado, terão um tamanho que assegura assento na mesa de negociação do vencedor.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é pré-candidato ao Planalto e está à frente das negociações, mas sabe que o ponto central do acordo com as demais siglas é só definir o herdeiro do apoio do grupo entre junho e julho. Como publicado no sábado (11), ele é um dos escalados para falar com PTB e PR.
Neste momento, PP e SD usam o que chamam de “pré-apoio” a Maia como rede de proteção à ofensiva de nomes como Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente Michel Temer (MDB), que tenta se posicionar como árbitro da própria sucessão.
Até a definição, Maia tem carta branca para rodar o país e divulgar suas ideias. Nesse cenário, dirigentes da Força Sindical sugeriram que o deputado encampe projeto que aumenta de cinco para sete o número parcelas do seguro-desemprego.