Considerado polêmico, o projeto que regulamenta os jogos de azar entrou em processo de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No final da manhã desta quarta-feira (7) os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Magno Malta (PR-ES) apresentavam votos em separado pela rejeição da matéria. O passo seguinte é o início da etapa de apreciação – regimentalmente não há mais chance de ocorrer pedido de vista (adiamento para mais tempo de análise).
O relator da proposta, Benedito de Lira (PP-AL), já apresentou parecer favorável à legalização geral de todos jogos de azar, incluindo bingos e jogo do bicho. Ele acompanha a sessão desta quarta-feira ao lado do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), autor da proposta.
Pelo texto de Lira, fica estabelecido que 60% da arrecadação de impostos decorrente da atividade serão destinados para Estados e municípios e aplicados, obrigatoriamente, em saúde, previdência e assistência social. O tributo será devido por quem explorar “jogos de fortuna” e terá alíquota de 10% ou 15%, em função, respectivamente, da oferta do jogo em ambiente físico ou virtual.
Por falta de acordo político, a matéria havia saído da pauta da CCJ pelo menos duas vezes este ano. Nos bastidores, os parlamentares se dividem em dois grupos principais: os que são favoráveis à legalização geral de todos jogos de azar, incluindo bingos e jogo do bicho, e os que querem a legalização apenas de cassinos integrados a resorts. Há outro projeto sobre o tema em tramitação na Câmara há 27 anos, mas sem consenso. (Agência Estado)