A vereadora Marília Arraes manteve, ontem, o discurso de que vai tocar a candidatura própria ao governo do estado, um dia depois de se encontrar, em Brasília, com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (PR). Mas admitiu que a decisão final será do Grupo de Trabalho Eleitoral comandado por Gleisi, principal porta-voz do ex-presidente Lula. Segundo Marília, a divisão no PT estadual atingiu um nível elevado, de modo que a melhor forma de se chegar a um consenso é esperar a decisão da executiva nacional, que tem esperanças de tirar Lula do isolamento com apoio de outros partidos, como o PSB.
Foi a primeira vez que Marília reconheceu o fato de a conjuntura nacional ser soberana. Antes, ela estava apostando todas as fichas na votação que receberia dos delegados do PT no evento de domingo. Os 300 titulares e 300 suplentes foram convocados para votar pela candidatura própria ou pela aliança com o PSB estadual, mas o encontro foi adiado para o final de julho por Gleisi. Segundo a vereadora, as votações estaduais serão “homologatórias” do que for acordado pela nacional.
Lula é prioridade do PT nacional e esse discurso venceu. Ele está preso em Curitiba, mas terá o nome lançado ao Palácio do Planalto, hoje, em Belo Horizonte, com a presença de lideranças petistas de Pernambuco.