O advogado norte-americano americano Chris Sevier está tentando novamente se casar com o notebook. Por mais absurda que possa parecer a ideia, ela não é nova. Desde 2014 ele já tentou fazer isso em diversos estados.
Em 2011, ele comprou um MacBook e afirma que por omissão da fabricante, acabou tendo contato com o mundo da pornografia on-line. Alegando não ter conhecimento anterior sobre isso, tornou-se um “viciado”.
Dois anos depois, processou a Apple por não ter colocado um “dispositivo de segurança” no notebook, fazendo com que, por causa da pornografia, tenha deixado de se envolver com mulheres.
Mesmo tendo perdido a causa, não desistiu. Em 2014, tentou se casar legalmente com a máquina, que continua enchendo de material pornográfico. Tentou conseguir uma licença no estado de Utah, mas teve o pedido negado pelo funcionário. Em seguida, fez algo similar na Flórida, novamente perdendo a causa.
Continua…
Para Sevier, tudo isso é para provar que as pessoas devem ter o direito de casar com quem – ou o que – desejarem.
Este mês, ele voltou a aparecer na mídia devido a um novo processo. Após ter a licença negada no estado do Kentucky, ele decidiu processar Kim Davis. Num ato deliberado, foi ela a tabeliã para quem ele apresentou o pedido.
Davis é uma cristã que ficou conhecida internacionalmente por se negar a assinar licenças de casamento para casais homossexuais. A justificativa dela é que isso violava suas crenças religiosas. Ela foi presa por causa disso. Na instância superior, deram-lhe a vitória. O caso tornou-se um símbolo da batalha pela liberdade religiosa nos EUA.
Agora, Davis precisará provar por que motivos se recusou a emitir a licença a Sevier, já que em tese não existe uma proibição religiosa para tal. Na peça jurídica, ele argumenta que o casamento de um ser humano e um objeto inanimado tem o mesmo valor que entre pessoas do mesmo sexo.
Em entrevistas anteriores, Staver insistiu que seu caso tem méritos. Se o juiz acatar seu pedido, “vamos progredir, mostrando ser uma nação que dá proteção igual para todas as orientações sexuais, permitindo que possamos nos casar sem que os outros tentem definir o que chamamos de amor”.