Folha de Pernambuco
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que seu partido não irá ficar “olhando no retrovisor”, ao comentar sobre a relação de PT e PSB após as rusgas que surgiram entre as siglas na última eleição para prefeitura do Recife. O segundo turno da campanha eleitoral entre o prefeito João Campos (PSB) e a deputada federal Marília Arraes (PT) foi marcada por trocas de acusações que envolveram seus respectivos partidos, o que abalou aliança entre as legendas. No entando, Carlos Siqueira acredita que o momento é de unir as forças democráticas para construir um projeto para derrotar o bolsonarismo.
“A eleição passou e não vamos ficar remoendo o passado, embora que as sequelas existam, precisam ser superadas em função do país. No entanto, a solução para 2022 nós não temos. É preciso saber quem terá as melhores condições de enfrentar Bolsonaro e isso só tempo dirá. Nós não estamos olhando pelo retrovisor, mas devemos olhar em perspectiva”, afirmou.
Ao falar sobre reunião virtual que aconteceu entre o ex-presidente petista e lideranças do PSB, na última terça-feira (6), Siqueira destacou como positivo o fato de o ex-presidente Lula querer se reaproximar da sigla. Segundo ele, na reunião, Lula reconheceu os erros do PT de fazer um discurso voltado somente para si sem olhar para os aliados. O dirigente avaliou que esse discurso acabou possibilitando a disputa entre PT e PSB no Recife.
“Essa reunião em si foi muito boa porque, coincidentemente, o ex-presidente Lula concordou com uma tese que nós defendemos e que criticamos, eu pessoalmente (critiquei) reiteradas vezes de que o presidente, com aquele discurso que ele saiu da prisão, que ele era muito petista, muito para dentro e que, inclusive, possibilitou essa disputa dramática que houve no Recife entre João Campos e Marília Arraes. Então, aquilo foi um erro, acho que ele, na prática, ao discursar de modo diferente está tentando superar esse erro, e isso é muito bom. Agora, isso não significa que o PSB vá apoiar o PT ou ao contrário , temos boa relação com todos os partidos e se o PT nos convida para conversar, como qualquer outro partido, estamos dispostos a conversa, nunca nos negamos a conversar com nenhuma força política “, ressaltou.