Em entrevista à Reuters ontem (17) em São Paulo, o ex-governador e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) defendeu o estabelecimento de uma política clara e transparente para a aplicação de reajustes de combustíveis. O pernambucano destacou que a Petrobras precisa dar esse passo que já foi dado por outros setores, a exemplo das áreas de energia e telefonia.
“O setor de energia tem uma regra, telefonia tem uma regra, a passagem de ônibus tem uma regra. Há um preço transversal na economia em questão que é o preço do combustível. Ele tem que ter uma regra. E essa regra tem que estar na equação da política macroeconômica”, afirmou o pré-candidato.
O presidenciável frisou que o Governo não pode intervir na estatal, segurando ou liberando os reajustes de combustíveis, apenas conforme a sua conveniência. ”Não é a política macroeconômica definir a regra em função de sua conveniência”, completou.
Eduardo, na mesma entrevista, assegurou que pretende manter o padrão de reajustes reais do salário mínimo, política iniciada no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E o presidenciável socialista também defendeu a redução da carga tributária, entretanto, sem destacar como isso se daria.
“Eu acho que simplificando (a cobrança de tributos) e tornando o sistema mais inteligente, temos como reduzir a carga tributária”, afirmou. (Blog da Folha)