O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) ocupou, na noite ontem (12), a bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, onde foi sabatinado pelos apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta. Pressionado durante os 15 minutos de entrevista, o presidenciável respondeu perguntas sobre nepotismo, agronegócio e gestão. Em uma de suas intervenções, afirmou que o Brasil precisa realizar uma reforma constitucional para acabar com os cargos vitalícios existentes na justiça.
O líder do PSB lembrou que cinco vagas do Superior Tribunal Federal (STF) estarão abertas e pediu uma nova discussão para o preenchimento dos cargos, que hoje são indicados pelo presidente da República.
“Precisamos fazer uma espécie de comitê de busca, que é feito por diversos institutos de pesquisas. Juntar pessoas com notórias especialidades e conhecimento. (…) É preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existem em vários países do mundo, na maneira que possa oxigenar e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal”, relatou o postulante.
Campos também foi questionado se a eleição de sua mãe, Ana Arraes, como ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) “soaria antiético” ou, até mesmo, como “caso de nepotismo”. O presidenciável tentou justificar o cargo de sua genitora, como também de outros familiares que ocupam funções no Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) – Marco Loreto, primo de sua mulher, Renata Campos, e seu primo João Campos – ambos conselheiros do órgão, foram conquistados por meio dos votos dos parlamentares na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
“Na hora que ela (Ana Arraes) saiu candidata pelo meu partido, se fosse outra pessoa teria apoiado. Eu nem votei, como governador. Simplesmente torci. (…) Ele (Marco Loreto) foi indicado pela Alepe e o outro (João Campos) foi indicado como desembargador eleitoral”. (Blog da Folha)