O candidato ao governo do Estado pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), rebateu ontem, durante uma entrevista à Rádio JC News, as acusações feitas pelo vice da chapa adversária, Paulo Rubem Santiago (PDT), de que teria favorecido com incentivos fiscais, enquanto secretário da Fazenda, a empresa BandeirantesPneus, que compraria o avião onde viajava o ex-governador Eduardo Campos no dia da tragédia que tirou sua vida.
Câmara assegurou que todo o processo se deu de forma transparente e que os incentivos foram aprovados por um colegiado do qual faz parte a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). “A Fiepe já foi administrada por Armando e hoje é comandada por Jorge Côrte Real, seu aliado”, disse.
Em relação ao uso do avião, o socialista lembrou que o partido já vem dando todas as explicações em âmbito nacional. “A oposição não tem o que dizer contra a gente e fica criando factóides. Vocês sabem o rigor que nós temos em relação a benefícios fiscais. Há necessidade de todas as certidões. Toda a discussão ocorre em torno disso. Se passa pelo colegiado, o benefício é dado. Foi isso que aconteceu neste caso”, explicou Câmara, que confessou já ter viajado na aeronave em uma ocasião, ao retornar de Serra Talhada com o padrinho político.
A aeronave está registrada em nome da AF Empreendimentos e Participações. Em nota, a Bandeirantes Pneus afirmou que teve interesse na aquisição da aeronave PR-AFA, mas a operação não se realizou porque estava condicionada à aprovação pela Cessna. (Diário de Pernambuco)