Faltando pouco para confirmar o que todo mundo já sabe, que é o de que Bruno Araújo não será candidato a senador nestas eleições, alguns oposicionistas já pensam em 2020 quando estará completando o segundo mandato de Geraldo Julio e naturalmente alguns atores surgem como alternativa real para o processo eleitoral da prefeitura do Recife.
É óbvio que não dá para antecipar a disputa de 2020, mas fica claro que independentemente do resultado de governador, esta tropa formada por PSDB, DEM, PRB, PTB, PV, Podemos e PPS deverá estar unida na disputa municipal pela capital pernambucana, pois está claro que Geraldo Julio não tem um sucessor natural e se houver uma unidade oposicionista, aumentam as chances deste grupo lançar um candidato com chances reais de vitória.
Ao sair da disputa majoritária de 2018, Bruno Araújo facilitou a atração de outras legendas, como a chegada do PSC para o grupo que compõe o Pernambuco Vai Mudar e abriu uma chance para que Armando Monteiro e Mendonça Filho pudessem formar uma frente política mais ampla com vistas as eleições. Porém, Bruno que novamente deverá ser eleito para a Câmara Federal, tem perfil de majoritário, sobretudo pelo papel que exerce no PSDB, que é de longe o partido mais representativo da oposição.
Ele surge como um nome que nunca disputou e perdeu majoritária e ainda tem um aspecto jovem, mesmo tendo 46 anos, tem aparência de alguém de menor idade. Seria um nome novo para o processo eleitoral da prefeitura. A tese ganhará mais força se Armando Monteiro for eleito governador e Mendonça Filho chegar ao Senado, uma vez que os nomes da oposição com possibilidade de disputa no Recife saíram menores do que entraram em 2016, vide Daniel Coelho e Priscila Krause, que apesar de jovens, tornaram-se produtos vencidos. (Por Edmar Lyra)