A população do Brejo da Madre de Deus e seus distritos vivem momentos de incerteza quanto aos rumos da administração municipal.
Em menos de dois anos, duas eleições municipais (uma delas suplementar) já foram realizadas, resultando em três prefeitos que já estiveram no poder (Dr. Edson (PSDB) e sua vice Clarice Corrêa, que foram cassados; Hilário Paulo (PSDC), que assumiu a prefeitura e disputou as eleições suplementares de 2013; e Roberto Asfora (PSDB), vencedor do pleito suplementar).
As mudanças atípicas prejudicaram a administração pública daquele município, que vive a sombra de mais uma possível mudança, dessa vez através da decisão monocrática do ministro João Otávio de Noronha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ministro não vislumbrou a realização de showmício durante o evento São Pedro de Seu Pedro de 2012, promovido pelo ex-deputado Pedro Correa, por entender que seria um evento privado e que já ocorria há dezesseis anos na região. Com isso, o ministro aceitou o recurso do prefeito cassado Dr. Edson de Sousa, que pedia o afastamento das acusações feitas na época.
Nesse momento, o prefeito do município Roberto Asfora está, nesse momento, em Brasília onde, com sua equipe de advogados, em uma reunião no STF e tentará entrar com uma apelação para que a decisão monocrática proferida pelo ministro seja levada a votação em plenário.
Caso consiga, Roberto Asfora ganha mais tempo a frente dos rumos do município, mas sai em desvantagem quanto ao posicionamento do ministro Noronha, que é relator do caso.
O questionamento que fica: se a situação política de Dr. Edson não estava completamente definida, como é que a Justiça toma a decisão de realizar uma eleição suplementar que modificou, profundamente, os rumos daquela administração?
De acordo com o radialista Bartol Neves, os advogados de Asfora garantem que não haverá mudanças no poder em Brejo, até que uma decisão final seja publicada em últimas instâncias judiciais (TRE, TSE e STF).
Mais uma novela política na região está para começar.