Depois dos aumentos que entraram em vigor este ano, a indústria brasileira passou a ter a energia mais cara entre os 28 países que fazem parte do estudo Quanto Custa a Energia Elétrica, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O megawatt-hora (MWh) custa, em média, R$ 543,90 para o setor no Brasil, sendo superior em 111,2% a média do preço cobrado pelas nações citadas no levantamento. Das fábricas de plástico às que produzem alumínio, todas estão se adequando à nova realidade.
“De janeiro a março, ocorreu um aumento de 9% na conta de energia, que corresponde a 30% dos nossos custos. Ainda não sentimos o último aumento que chegará com a conta deste mês. Por enquanto, a solução foi diminuir a margem de lucro. Não conseguimos repassar isso para os clientes por causa da crise”, conta o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco, Walter Câmara. Ele dirige uma fábrica instalada em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e alega que não há mais como reduzir o consumo porque já “fez o dever de casa com relação à eficiência energética”.
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