LeiaJa
O relaxamento das medidas de isolamento social em várias regiões do País já se reflete no setor de varejo. Ontem (22) o setor contabilizava 43 shopping centers reabertos em 19 cidades. Até semana passada, todas os 577 centros de compras permaneciam fechados.
A mudança se dá por conta da suspensão de parte dos decretos publicados por prefeituras e governos estaduais proibindo o funcionamento do comércio a fim de reduzir a circulação de pessoas e a transmissão do coronavírus nas últimas semanas.
“O cenário está mudando rapidamente”, relata o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai. “Ainda há muita confusão e incerteza porque a suspensão dos decretos não acontece de maneira organizada. Em cada região é uma realidade”, explica.
O presidente da Abrasce estima que, em maio, a maioria ou todos os shoppings já estejam abertos.
A BRMalls, líder do mercado de shopping centers no País, reabriu 2 das 31 unidades de sua rede acompanhando a suspensão dos decretos que proibiam o funcionamento durante a pandemia em Campo Grande (MS) e Caxias do Sul (RS). Mas nas outras praças, o clima ainda é de incerteza. “Não faremos nenhuma reabertura sem estarmos alinhados com as determinações de prefeituras e governos estaduais. Então, infelizmente, não temos como precisar quando será a continuação desta reabertura. Depende do poder público”, afirma a diretora comercial da BRMalls, Jini Nogueira.
A grande expectativa dos comerciantes é de voltar a atender o público antes do Dia das Mães, no fim de semana de 10 de maio. Na quarta-feira (22) a Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgaram comunicado em que pedem para que o comércio seja parcialmente reaberto a partir do dia 1º de maio. Na semana passada, o governador, João Doria (PSDB), anunciou que só a partir de 11 de maio será feito o relaxamento da quarentena no Estado.
Nos shoppings reabertos, o funcionamento segue regras específicas dos decretos locais, como funcionamento em horário reduzido (entre 12h e 20h), praça de alimentação com menos mesas, e fechamento dos cinemas por enquanto. “As pessoas foram aos shoppings que reabriram. Temos tido relatos de que o movimento é positivo. É um fluxo bem menor que o normal, como esperado, mas positivo”, disse Humai.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo