“Tá lá o corpo estendido no chão. Em vez de rosto, uma foto de um gol. Em vez de reza, uma praga de alguém. E um silêncio servindo de amém…”. Os versos da música De Frente pro Crime, do compositor João Bosco, retrata a banalização dos assassinatos no Brasil. Um cotidiano cruel que tornou o país o campeão em número absoluto de homicídios no mundo, com 60 mil mortes por ano, segundo a plataforma de dados do Instituto Igarapé, uma ONG com sede no Rio de Janeiro.
Dentre as principais causas do alto índice de mortes, o Instituto Igarapé destaca a desigualdade, o desemprego — especialmente entre os jovens — a baixa escolaridade, a urbanização rápida e irregular, drogas ilícitas e armas. Somado a isso, há questões mais políticas, fruto da não priorização dos diferentes níveis de governo, além da impunidade, resultado da baixa taxa de investigação e elucidação dos crimes.
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