Folha de Pernambuco
Novo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (25) contabiliza 2.433 casos da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, em todo o Brasil. O total anterior anunciado pela pasta era de 2.201 casos. O número de mortes subiu de 46 para 57, sendo uma em Pernambuco, o primeiro óbito confirmado na região Nordeste. A maioria dos óbitos ocorreu em São Paulo, que já contabilizada 48 mortes. As demais ocorreram no Rio de Janeiro (6), Amazonas (1) e Rio Grande do Sul (1). A letalidade no País está em 2,4%, segundo o Ministério.
O epicentro da doença no Brasil continua sendo o estado de São Paulo, que soma 862 casos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 370 casos. Com 200 casos, o Ceará é o terceiro estado com mais notificações, o primeiro no Nordeste. Pernambuco tem 46 casos, conforme último balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Com 390 casos, o Nordeste tem 15,8% do total nacional. “Os números estão crescendo em um ritmo mais ou menos igual em relação aos últimos dias. Estão dentro do esperado para o mês”, afirmou na coletiva o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Mandetta disse que São Paulo e Rio de Janeiro continuam despertando muita preocupação ao Ministério, assim como Minas Gerais, estados que somam 100 milhões de brasileiros, quase metade da população do País. “Quando fizermos os testes rápidos o número [de casos confirmados] vai lá para cima. O número de óbitos sempre vai permanecer absoluto, porque sabemos a causa. A letalidade vai ficar menor. Isso vai ser mais um elemento para que a população entenda a dinâmica dessa virose na nossa sociedade”, acrescentou o ministro.
Tratamento com cloroquina
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna, acrescentou que o Ministério de Saúde começará a aplicar um protocolo de cinco dias de um tratamento com cloroquina para tratar pacientes graves hospitalizados. Ele classificou o medicamento como “promissor”. Serão distribuídas 3,4 milhões de unidades da cloroquina a hospitais do Brasil.
“Esse medicamento já provou que consegue alterar a evolução do ciclo do vírus. Os estudos clínicos em humanos estão em curso. O tratamento terá um curto prazo de cinco dias, o que confere menor toxicidade. Os benefícios superam os riscos para esses pacientes. Os novos resultados serão acompanhados”, disse Denizar.
“O Brasil tem um vasto conhecimento sobre esse medicamento, uma vez que há muitos casos de malária. Será mais uma opção para o arsenal dos médicos”, reforçou o ministro Mandetta. O Ministério da Saúde reforça que o medicamento não deve ser utilizado fora do ambiente hospitalar.