Bolsonaro sobre artigo no WhatsApp: ‘Só passei para meia dúzia de pessoas’…

O presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou brevemente, neste sábado (18/5), o texto que repassou na sexta-feira pelo WhatsApp a pessoas próximas, afirmando que o enviou apenas “para meia dúzia de pessoas”. De autoria desconhecida, a mensagem dizia, entre outras coisas, que o país é “ingovernável fora dos conchavos” e que o atual governo é “atípico” e de “comunicação amadora”. 

A ser indagado sobre o conteúdo do texto, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro reagiu da seguinte forma: “O texto? Pergunta para o autor. Eu apenas passei para meia dúzia de pessoas”. Em seguida, ele se dirigiu a crianças que o aguardavam na porta do Palácio.

Falando às crianças, mas se fazendo ouvir pelos jornalistas, acrescentou: “Meu sonho de ser presidente é para ajudar o Brasil. Tem muita gente ruim no Brasil, sabia? Mas o bem sempre vence o mal”, afirmou. “Uma coisa muito importante é a verdade.” 

O envio do texto repercutiu no meio político, provocando diversas interpretações. Deputados próximos ao presidentes afirmaram ao Blog da Denise que a mensagem foi vista como sinal de que Bolsonaro se sente acuado. Já algumas lideranças partidárias consideram que o episódio mostra uma postura de confrontação com o Congresso, o que elevou a tensão com o Centrão. 

General Heleno

Nesta manhã, Bolsonaro recebeu o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que chegou por volta de 9h40 ao Palácio, onde permaneceu por menos de duas horas. Heleno chegou dirigindo o próprio carro, acompanhou a sessão de fotos do presidente e, ao ser perguntado sobre o texto compartilhado, disse “nada a comentar”.

A primeira-dama, Michele Bolsonaro, acompanhou o marido no rápido encontro com as crianças. Vestindo camisa da Seleção Brasileira com o número 17 e o nome Bolsonaro grafados, short e chinelo, o presidente abraçou várias crianças enquanto perguntava: “Eu sou um cara legal? Você gosta de mim?”. Ele questionou ainda o que elas gostariam que ele fizesse para o Brasil e disse para que obedecessem “primeiro papai e mamãe” e depois as professoras “que ensinam coisas importantes, como português e tabuada”.

A maior parte do grupo era formada por crianças de 4 a 12 anos da Escola Classe do SRIA, do Guará. Na conversa, Bolsonaro disse que iria à escola para hastear a bandeira e cantar o Hino Nacional. “Ele está querendo ir, disse que a assessora vai marcar”, relatou a vice-diretora da escola, Cárita Alessandra Sá, responsável pelas 108 crianças que foram ao local em dois ônibus. (Correio Braziliense)