O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou ontem em Brasília que pretende entrar em campo na final da Copa América, no domingo, entre Brasil e Peru. No que depender da organização do torneio, o presidente terá seu desejo atendido.
– Sobre a presença do presidente (no gramado), eles vão ao campo, isso é normal. No pré-jogo ou no intervalo, isso é normal – declarou Thiago Jannuzzi, gerente de competições do Comitê Organizador Local da Copa América, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, no Maracanã.
A declaração foi a resposta a uma pergunta sobre as queixas formalizadas pela AFA (Associação de Futebol Argentino) após a semifinal entre Brasil e Argentina, disputada na última terça-feira, no Mineirão.
Além de reclamar do VAR, os argentinos protestaram contra a presença de Bolsonaro no gramado do Mineirão. O presidente deu uma “meia volta olímpica” no estádio durante o intervalo, o que foi considerado pelos argentinos uma “interferência política” no torneio.
A presença de políticos em estádios é frequente, sobretudo em torneios internacionais. Mas normalmente os mandatários só entram em campo após as finais, para a cerimônia de entrega de troféus e medalhas. Foi assim com Vladimir Putin na Rússia no ano passado e com Dilma Rousseff na Copa do Mundo de 2014, por exemplo.
Jannuzzi, gerente do COL, disse ainda que “não há nada previsto para domingo”, quando Brasil e Peru se enfrentam no Maracanã. O presidente peruano, Martín Vizcarra, também confirmou presença na decisão da Copa América.
O cerimonial prevê que o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, entregue a taça ao campeão da Copa América no Maracanã. Porém, não há nenhum impedimento caso o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, queira participar da cerimônia. (G1)