Prestes a completar o décimo mês do primeiro ano de governo, o presidente Jair Bolsonaro teria muita coisa a comemorar, como por exemplo a geração de mais de meio milhão de empregos, a inflação controlada, retomada dos investimentos públicos e privados, redução da violência, etc. O governo do ponto de vista de gestão em quase todas as áreas é acima da média, porém é na política que o presidente tem pecado de forma significativa, o que acaba comprometendo a percepção da sociedade de tantos avanços que estão acontecendo.
Nos últimos dias, Bolsonaro debruçou-se em criar confusão com o PSL, primeiro com o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do partido, depois com o líder do partido na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir, e por fim com a líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann.
Em pouco tempo, o presidente inviabilizou a relação com atores importantes para a sua governabilidade, sabe-se lá a troco de quê, e pelo andar da carruagem, o governo continuará sendo uma usina de crises políticas que poderiam ser evitadas se tivesse um presidente menos cabeça dura.
Bolsonaro tem todas as condições de encaminhar sua reeleição em 2022, uma vez que só depende dele para continuar governando o país, haja vista que a oposição está em frangalhos. Mais do que isso, as condições econômicas estão convergindo para que ele faça um dos governos mais importantes da história do Brasil, com resultados efetivos para melhorar a vida dos brasileiros. Porém essa postura beligerante do presidente está levando o seu governo para um precipício político difícil de ser resgatado. Ou o presidente baixa a bola e admite ceder dentro dos pilares republicanos, ou ele irá implodir a cada dia um governo que tem tudo para dar certo e fazer história no Brasil. (Edmar Lyra)