Por Edmar Lyra – A tão aguardada entrevista do presidente Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional foi suficiente para mostrar que o presidente está longe de estar fragilizado politicamente. Dos temas mais espinhosos, como pandemia e urnas eletrônicas, Bolsonaro apresentou informações que justificavam sua posição, cabendo ao eleitor fazer o juízo de valor, sobre a pandemia falou que comprou as vacinas e garantiu 500 milhões de doses para os brasileiros.
Sobre as urnas eletrônicas, Bolsonaro justificou sua cruzada contra a questão, relembrando a ação que o PSDB apresentou em 2014 após a derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff, provando que seu questionamento não é uma bravata e que outros atores chegaram a colocar em xeque a segurança da inviolabilidade do sistema eleitoral.
Em temas como meio ambiente, economia e governabilidade, Bolsonaro falou que o Brasil tem 66% de sua área preservada, muito maior do que países europeus, no tocante a economia falou do amparo viabilizado pelo Auxílio Brasil, e sobre a aliança com o centrão conseguiu dar a justificativa da sua relação com 300 parlamentares para poder fazer a governabilidade, dizendo que a relação com o centrão proporcionou o Auxílio Brasil.
O presidente também jogou na conta do PT posições contrárias ao Auxílio Brasil como a PEC dos Precatórios, fundamental para garantir o benefício social, o que neutraliza eventuais críticas nas camadas mais humildes da população.
Em suma, Bolsonaro passou no grande teste de fogo da eleição, e saiu com o eleitorado fidelizado e ainda ganhou mais alguns pontos entre os indecisos. Novas pesquisas deverão captar situação melhor do presidente, que já vem numa espiral de crescimento nos últimos levantamentos.