Bolsonaro prometeu na campanha que reduziria de 29 para 15 o número de ministros e que não negociaria a indicação deles para o seu governo com base em fisiologismo. Só para refrescar a memória dos leitores, os partidos que derrubaram Dilma no impeachment de 2016, para substituí-la por Michel Temer, ocuparam as pastas rapidamente. E só a Pernambuco couberam quatro: Educação (Mendonça Filho), Cidades (Bruno Araújo), Minas e Energia (Fernando Filho) e Defesa Social (Raul Jungmann). Bolsonaro deseja sepultar esse tipo de prática para instalar no Brasil governo novo e totalmente livre desse tipo de amarras. Antes, o ministro era do presidente mas batia continência para o partido que o indicara. O presidente eleito quer fazer diferente, mesmo ser ter a força necessária para abolir o grau de influência política do Congresso nas indicações.
Por exemplo: ele pediu à bancada ruralista que indicassem alguém para a Agricultura e daí surgiu a deputada Teresa Cristina (DEM-MS). A bancada da saúde indicou o deputado Luiz Fernando Mandetta (DEM-MS), a do turismo o deputado Marcelo Álvaro (PSL-MG), e por aí vai. Da cabeça do presidente saíram até agora Onyz Lorenzoni (Casa Civil), Sérgio Moro (Justiça), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), general Heleno (Segurança Institucional), general Azevedo e Silva (Defesa), Gustavo Bebianno (Secretaria Geral) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Vamos ver no que isso vai dar. (Inaldo Sampaio)