Reunidos nesta ontem (31) na capital paulista, integrantes da Frente Nacional dos Prefeitos, entidade que já foi presidida pelo então prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB), manifestaram preocupação com a extinção do Ministério das Cidades.
Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), a extinção dessa pasta não foi surpresa porque o candidato Bolsonaro disse claramente que iria reduzir de 29 para 15 o número de ministérios.
Já para o prefeito de Campinas e presidente da FNP, Jonas Donizettti (PSB), o presidente eleito não está fazendo nada além daquilo que falou.
“Agora, é uma preocupação muito grande com o que vem por aí. Hoje temos projetos em andamento no Ministério das Cidades, principalmente as médias e grandes cidades. Estamos falando de moradia, saneamento básico, drenagem, transportes. Nos preocupa a extinção e queremos saber o que vem no lugar”, disse ele.
Para Covas, a preocupação da FNP não é com a existência ou não da pasta e sim como se dará a interlocução do governo federal com os municípios.
“O programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, aonde vai ficar? No Ministério do Planejamento? Como será a interlocução com os municípios? Essa é a preocupação da Frente. Se o presidente eleito entende que não há necessidade de manter o Ministério das Cidades, que conduz essa relação hoje, gostaríamos de saber de que forma vamos continuar a dialogar por uma ação conjunta”, disse Covas Neto.
Já o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), disse ser importante haver uma política de apoio às cidades, seja com um ministério, uma secretaria ou uma agência. Ele disse que Bolsonaro obteve 70% dos votos da capital paranaense e por isso tem responsabilidades com aquele município. (Inaldo Sampaio)