Com 99% dos votos contabilizados, o democrata Joe Biden tirou a vantagem de Donald Trump no estado da Geórgia e pode somar para si os 16 delegados do colégio eleitoral. De acordo com a Associated Press (AP), fonte seguida pelo Correio, o candidato tomou a dianteira por apenas 917 votos na região, que é predominantemente republicana e já vinha sendo contabilizada pelos apoiadores de Trump como vitória certa na corrida pela Casa Branca.
Com a chegada de novos votos no Arizona, que tornou o resultado novamente indefinido, Biden soma 253 delegados e, caso confirme a Geórgia, passa a ter 269, o suficiente para, no mínimo, empatar a disputa pelo título de 46º presidente dos EUA (nesse caso, a decisão fica por conta dos deputados do Capitólio). Se também confirmar os estados em que já está na frente, como Arizona (11 delegados) ou Nevada (6 delegados), o democrata passa a margem mínima necessária de 270 delegados para ser considerado eleito. Ambos os estados devem retomar a apuração nesta sexta-feira (6/11).
Além disso, ainda há a questão do estado definidor, Pensilvânia, com seus 20 delegados – um dos maiores colégios eleitorais dos Estados Unidos -, onde Trump chegou a liderar por uma margem de 675 mil votos e cuja vantagem derreteu para 18 mil, até o início da manhã desta sexta, após o início da contabilização dos votos antecipados por correspondência, modalidade preferida por democratas.
Com 214 delegados, Donald Trump precisa necessariamente da Pensilvânia e vencer em quatro dos cinco estados cujos resultados ainda não foram anunciados para vencer ou empatar a disputa – Alasca, Carolina do Norte, Geórgia e Arizona.
Independentemente do resultado, Joe Biden já é considerado o candidato mais votado entre todas as eleições norte-americanas, com 73,5 milhões de votos. Até o momento, Trump aparece com 69,6 milhões. Ao que indica as projeções, caso não sejam judicializados, os resultados parciais dos colégios eleitorais restantes já devem revelar o vencedor nesta sexta-feira.