A origem do problema de venda de dólares falsos pela agência do Banco do Brasil teria sido causada pela aquisição de US$ 24 mil de terceiros no dia 10 de setembro de 2014, em operações rotineiras de câmbio manual. O esclarecimento é da assessoria de imprensa da instituição.
De acordo com a nota, nessa compra, cédulas de US$ 100 eram falsas e, por uma falha na verificação de autenticidade, as notas ficaram na tesouraria e foram comercializadas entre os dias 8 e 19 de junho.
O Banco do Brasil confirmou a compra de notas falsas por nove clientes. Quatro casos suspeitos foram descartados e seis ainda estão sob averiguação. A instituição garante que todos os clientes envolvidos no caso foram contatados e orientados.
A instituição ainda frisa que 95% das cédulas de dólares adquiridas pelo BB vêm do Banco Central Norte-Americano, mas, por segurança, estão sendo realizados procedimentos de certificação de autenticidade das cédulas em todas as tesourarias do País.
A Polícia Federal ainda está investigando o caso. Três ocorrências foram registradas e estão sendo averiguadas. Após uma perícia técnica das notas, representantes da instituição serão ouvidos.
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Confira a íntegra do comunicado do Banco do Brasil:
“Nos últimos dias, foram veiculadas reportagens sobre venda de dólares falsos na agência Centro Recife, do Banco do Brasil, com consequências para clientes que realizaram câmbio naquela unidade do Banco, e que utilizaram dólares falsos em transações, no exterior. Com relação ao ocorrido, esclarecemos:
1) A origem do problema foi a aquisição de US$ 24 mil, de terceiros, no dia 10 de setembro de 2014, em operações rotineiras de câmbio manual. Cédulas de US$ 100 eram falsas. Por falha na verificação da autenticidade dessas cédulas, os dólares ficaram em Tesouraria e foram comercializados entre os dias 8 e 19 de junho. O Banco do Brasil já confirmou que nove clientes, de fato, adquiriram notas falsas em operações de câmbio manual. O BB já descartou indícios em quatro casos suspeitos, e restam seis ainda sob averiguação. Ressalte-se que todos os clientes foram contatados e orientados sobre procedimentos a serem adotados.
2) Um dos casos confirmados, e amplamente divulgado pela imprensa, é o do sr. João Neto Silva, que viajou aos Estados Unidos com dólares falsos adquiridos em operação de câmbio realizada por sua irmã, Maria de Fátima da Silva, no BB. Tão logo foi informado sobre a retenção das cédulas por um banco norte americano, o Banco do Brasil providenciou imediato ressarcimento dos valores, e contratou advogado, nos EUA, para providenciar o devido apoio jurídico. A situação está esclarecida junto às autoridades americanas e a família já recebeu documentação que a isenta de qualquer responsabilidade. Não há quaisquer restrições aos clientes, por parte das autoridades americanas.
3) Além das apurações de falhas internas, o BB está prestando todas as informações necessárias à Polícia Federal e ao Banco Central.
4) O Banco do Brasil informa que amanhã, dia 02/07, serão retomados os serviços de câmbio no estado de Pernambuco, após a assinatura de Termo de Audiência com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado. Em recurso administrativo, o Banco do Brasil demonstrou que foram adotadas todas as medidas de segurança necessárias. O Banco reafirmou à Secretaria e ao Procon que se trata de um caso pontual, e que não existe risco para os demais clientes que realizaram ou venham a realizar operações de câmbio em Recife ou em qualquer outra agência em Pernambuco, e no Pais.
5) Esclarecemos que 95% das cédulas de dólares norte americanos adquiridas pelo BB são provenientes do Banco Central Norte Americano. Nos últimos 12 meses, o BB realizou mais de 100 mil transações de câmbio manual, em todo o País.
6) Por segurança e precaução, o Banco está fazendo novamente procedimentos de certificação de autenticidade das cédulas já adquiridas de terceiros, em todas as tesourarias do País.
7) Diante dos problemas constatados e das respectivas consequências, coube ao Banco do Brasil agir prontamente na prestação da assistência aos clientes atingidos e na devida apuração das ocorrências O BB lamenta todos os transtornos provocados e, ao reconhecer as falhas, reafirma seu compromisso com a ética e respeito aos consumidores.”
Jornal do Commercio