Tanto o governador Paulo Câmara como o senador Armando Monteiro já poderiam ter revelado o nome do vice de suas respectivas chapas. Ambos já têm o nome na cabeça e adiar o anúncio para o próximo mês de julho é perda de tempo. O vice do governador sairá de um dos partidos da Frente Popular e o vice de Armando sairá de uma das legendas que integram a frente das oposições. Portanto, qual o motivo para tanto mistério? Por acaso o nome do vice terá o condão de revolucionar a política pernambucana? Se o vice do governador, por exemplo, for o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz, como se admite na Frente Popular, por que não anunciar logo?
Ele já poderia estar se movimentando no Agreste se seu nome tivesse sido anunciado. O mesmo se diga do ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, se for confirmado o vice de Armando. Ele já estaria se mexendo no Sertão se porventura tivesse tido o nome confirmado. Ademais, vice é basicamente um cargo de composição. Se agregar eleitoralmente à chapa da qual fará parte, ótimo. Mas se não agregar também não é problema. Até porque não se vota em vice. Se não atrapalhar o companheiro de chapa, já é um grande negócio. Em relação às vagas de senador são outros quinhentos. O governador espera uma definição do PSB nacional sobre eventual aliança com o PT, para poder definir seus candidatos. E Armando parece indeciso sobre se deve confirmar ou não o nome do deputado André Ferreira para fazer companhia a Mendonça Filho. (Por Inaldo Sampaio)