Josias de Souza
As coisas poderiam estar tranquilas e favoráveis para Aécio Neves, pois Dilma foi afastada, Lula virou assunto para o doutor Sérgio Moro e Temer aparece nas sondagens eleitorais com um percentual nanico de 2%. Entretanto, os planos presidenciais de Aécio também se dissolvem no caldeirão flamejante da Lava Jato.
Em privado, até os companheiros de partido de Aécio avaliam que são remotas as chances de ele conseguir restaurar a biografia até 2018. O nome de Aécio frequenta os lábios de delatores com uma frequência embaraçosa. Foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff, pelo senador cassado Delcídio Amaral, pelo ex-deputado mensaleiro Pedro Corrêa e pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Por ora, Aécio já foi brindado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot com um par de pedidos de inquérito no STF. O mais espinhoso destina-se a investigar denúncia reiterada por Delcídio sobre a alegada participação do grão-tucano num esquema de coleta de propinas na estatal elétrica Furnas.
Continua…