Alçado ao poder pelas mãos do ex-presidente Médici, a quem serviu como ministro da Agricultura, sendo depois nomeado governador de Pernambuco pelo ex-presidente Ernesto Geisel, Moura Cavalcanti, se estivesse vivo, completaria 40 anos do seu afastamento da vida pública.
Sua passagem pelo poder deixou muitas lições.
Além de ser fomentador de quadros políticos, como Gustavo Krause, José Jorge e Joaquim Francisco, dentre outros, exerceu o poder na sua plenitude. Governou com excesso de tinta no tinteiro. Para exibir o poder, andava de batedores.
Quando Joaquim, seu sobrinho xodó, assumiu o Governo dando muitos poderes ao então secretário Roberto Viana (Casa Civil), Moura mandou um recado inusitado da sua insatisfação: por um portador, chegou às mãos de Joaquim uma caixa de caneta Bic.
O recado foi assimilado e por pouco tempo Viana foi perdendo espaços para Joaquim governar de fato. Moura governava sem ser tutelado. Era assim que queria ver o sobrinho-governador. (Magno Martins)