A definição da aliança entre PT e PSB em Pernambuco ficou para a última semana e a expectativa é que muitas conversas moldem as articulações dos dois partidos. Com a falta de avanços nas conversas entre petistas e socialistas no campo nacional, a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao Governo do Estado segue mantida, mas envolta de incertezas. Segundo a coluna Folha Painel, a indefinição dos socialistas levou a direção do PT Nacional a cogitar a hipótese de deixar uma brecha na resolução que vai oficializar a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco na próxima quinta-feira. A ideia seria registrar no documento que o partido pode retirar o nome da legisladora recifense do pleito caso o PSB, na sua convenção nacional, prevista para o dia 5, decida pelo apoio nacional aos petistas.
Manobras à parte, as articulações entre as siglas seguem a todo vapor. Há uma expectativa de conversa entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, até a quarta-feira.
Hoje, dirigentes pernambucanos das duas siglas se reúnem para debater o cenário local. A conversa integra uma orientação do diretório local que prevê a tratativas com os possíveis aliados. PROS e Avante já foram ouvidos. A maior expectativa é sobre a reunião da Executiva Nacional do PT, previsão para a quarta-feira. De lá, é possível que saia uma orientação para a reunião do PT-PE prevista para o dia seguinte. Uma ala da sigla aposta que as convenções do PT de Pernambuco podem acabar ficando para o último dia das convenções – no domingo.
Paralelo as articulações da disputa para o governo, o senador Humberto Costa (PT), defensor da aliança com o PSB, chegou a realizar pesquisa com as intenções de voto para o Senado.
O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) aposta na costura de um acordo entre as legendas em Pernambuco e Minas Gerais. “O nosso candidato ao Governo (Márcio Lacerda) não construiu uma coligação forte para as proporcionais e nossa prioridade é eleger deputado federal e estadual. Um acordo passando por Minas e Pernambuco poderia resolver isso”, apostou. (Carol Brito/Folha de Pernambuco)