Quando formou a aliança para concorrer ao Governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto já deixava claro que, caso o ex-presidente Lula fosse candidato, votaria em Lula. “A partir do momento que Lula não é candidato, não posso decidir nada sozinho”, sublinha ele à coluna. E prossegue: “Tenho que dividir com o conjunto da coligação. Já estamos ouvindo, discutindo com os companheiros. Estamos trocando informações e fazendo avaliações”. De concreto sobre a corrida presidencial, ele afirma que a hipótese de votar em Fernando Haddad “não existe”. “Eu teria compromisso com Lula. Não há possibilidade de apoiar Haddad. É zero essa possibilidade”, assegura o petebista. Ele explica que, embora Haddad seja do PT, com Lula “era diferente, porque eu tinha uma história com Lula”. E emenda: “Ele me apoiou em 2014, era completamente diferente”. Armando acrescenta: “Essa hipótese de Haddad está descartada. As outras hipóteses colocadas vamos examinar depois de esgotar esse processo”.
Entre aliados do senador, há manifestações nos bastidores a favor da declaração de apoio a Ciro Gomes. E há nomes como o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, que já tomou a dianteira e está reunindo lideranças favoráveis ao apoio a Ciro. No PSDB, não se faz objeção e essa possibilidade é vista como “provável”. Mas a relação do PDT, de Ciro, com a gestão Paulo Câmara, onde comanda espaços, também tem pesado nas contas da coligação Pernambuco Vai Mudar e pode ser um fator a complicar essa costura. (Renata Bezerra de Melo)