Por: Rafaela Gonçalves – Correio Braziliense – Após um pedido de vista de parlamentares da oposição, o texto do arcabouço fiscal deve ser votado, nesta quarta-feira, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O adiamento foi solicitado pelo líder do PL na Casa, Rogério Marinho (PL-RN), para ter mais tempo de analisar o relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM). O presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), concedeu vista coletiva de 24 horas.
Aziz modificou três pontos em relação ao texto aprovado na Câmara. Foram retirados do limite de gastos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e despesas com ciência, tecnologia e inovação.
Parlamentares elogiaram a decisão. A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) afirmou que a manutenção do texto aprovado pela Câmara dos Deputados significaria, na prática, o corte de verbas para a educação. “É um recurso constitucional que vai ser distribuído diretamente a estados e municípios. A inclusão no arcabouço só pressionaria as outras áreas da educação e as demais áreas prioritárias da gestão. Estamos falando de educação pública, que atende mais de 40 milhões de alunos”, disse.
Das 74 emendas apresentadas, Aziz acatou, total ou parcialmente, 19. Ele elogiou o trabalho do relator do texto na Câmara, deputado Claudio Cajado (PP-BA), e destacou que as mudanças não se tratam de divergências, mas “uma questão do ponto de vista político que a gente tem que resolver”. “Toda lei complexa como esta tem sempre necessidade de correções ou melhorias, mesmo mantendo o eixo principal. Existem pontos que precisam de correção, não muitos, mas existem”, frisou.