Após 5 anos de missão, sonda da Nasa entra na órbita de Júpiter…

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Apos 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou com sucesso na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54 desta terça-feira (5).

A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta, mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter – incluindo as suas quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton, que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.

Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter. As informações são da agência espacial americana.

Continua…

Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716 milhões de quilômetros – quase 18 mil voltas na Terra – até o planeta.  Se nada der errado, a missão deve ser encerrada em fevereiro de 2018.

Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar. Ao se aproximar de Júpiter, era previsto que a gravidade do planeta começasse a puxar Juno cada vez mais rápido até a espaçonave atingir uma velocidade de mais de 250 mil km/h, tornando Juno um dos objetos fabricados por humanos mais rápidos da história. Para entrar na órbita do planeta, a sonda teve de fazer várias manobras de frenagem.

Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.

O campo magnético do planeta é 20 mil vezes mais forte que o da Terra. Por isso, o grande perigo para visitar Júpiter com uma nave espacial. Outra questão é o fato de que a Juno não foi projetada para operar dentro de uma atmosfera e passará por um período de “queimação” enquanto estiver orbitando.

Segundo a Nasa, o principal objetivo da missão é entender a origem e a evolução do planeta. Conhecer o que há abaixo da densa cobertura de nuvens. Com um conjunto de instrumentos, a sonda vai investigar a quantidade de água e amoníaco na atmosfera profunda. Recentemente, já foi possível avistar a aurora boreal do planeta.  (G1)