Durante 13 anos, o jornalista e editor do Correio do Agreste, Fernando Guerra, se dedicou a uma busca minuciosa de informações sobre a história da Vaquejada de Surubim. Neste período, cruzou dados colhidos em documentos, entrevistas e outras formas de apuração que resultaram no livro Memória das Vaquejadas de Surubim – A História da Vaquejada mais antiga do Brasil. A obra, prefaciada pelo publicitário José Nivaldo Júnior, é a primeira e única do gênero a retratar a nossa festa mais famosa.
Nesta quarta-feira (13), o público terá acesso à compilação de todo o material coletado, com o lançamento que acontecerá no Restaurante Capitu, às 20h. No dia seguinte, quinta-feira (14), no mesmo horário, será a vez de apresentar a publicação ao público do Parque J. Galdino, dentro da programação de 80 anos da Vaquejada de Surubim, inclusive com a apresentação da dupla Sirano e Sirino, uma cortesia dos organizadores da “corrida de gado”.
“Memória das Vaquejadas demonstra com documentação e depoimentos que a vaquejada de Surubim é a mais tradicional e antiga entre todas as existentes no país. Igualmente, não se tem registros de que outra delas tenha começado anteriormente, o que coloca Surubim num plano de pioneirismo nacional”, afirma o autor.
A Vaquejada de Surubim foi dividida no livro em três ciclos: o primeiro compreende o seu começo, no ano de 1937 até 1942 quando ela foi proibida pelo juiz de Direito, Dr. Oscar Loureiro. O segundo, tem início em 1949 e encerra-se em 1971. A narrativa termina em 1972 quando é inaugurado o Parque J.Galdino. “Pesquiso os dois primeiros ciclos. No terceiro deles tem início a profissionalização das vaquejadas. É uma outra história”, explica Guerra.
Mesmo antes do lançamento, Memória das Vaquejadas de Surubim já foi selecionado para constar na Coleção Tempo Municipal, do Centro de Estudos de História Municipal (CEHM), vinculado à Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM). O CEHM tem por objetivo promover o resgate da memória municipal, estimulando os historiadores a preservarem o rico acervo documental do Estado e a registrarem fatos e informações histórico-culturais dos municípios pernambucanos. (Correio do Agreste)