Por: Elizabeth Souza/Diário de Pernambuco – Em uma disputa histórica que definirá a primeira mulher a governar Pernambuco, os apoios políticos surgem como ferramenta fundamental para o engajamento das candidaturas neste segundo turno. Em meio às alianças que têm sido consolidadas desde o resultado do último domingo, o PT é uma das incógnitas para esta nova etapa da disputa. No entanto, previsões petistas calculam que, levando em consideração as costuras nacionais, o apoio deve ser direcionado à Marília Arraes (SD). “É o caminho natural”, avalia uma fonte.
Aguardando posicionamento da Executiva nacional do partido, o PT ainda não declarou oficialmente qual posição adotará no segundo turno das eleições em Pernambuco. O presidente estadual da legenda, o deputado Doriel Barros (PT), afirma que a prioridade é alavancar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Desde o primeiro turno essa foi nossa prioridade, não será diferente agora”, disse o parlamentar, que participou, nesta terça-feira, de reunião com o partido para discutir os encaminhamentos das eleições no Nordeste. “A decisão que Lula tomar será nossa caminhada aqui, a gente espera que isso aconteça o mais rápido possível”, completou. O anúncio oficial da legenda petista deve ser feito até a sexta-feira.
Em um movimento diferente do de Doriel, uma outra fonte petista, em reserva, não hesitou em responder quando questionado sobre o assunto: “Marília”, respondeu de forma sucinta sobre para quem deve ir o apoio do PT em Pernambuco. Em entrevista à Rádio Clube, ontem, Marília fez acenos ao PT. “Eu gostaria que o PT viesse inteiro. É um partido de que eu fiz parte, que fui muito bem acolhida pela militância, que eu tenho um respeito muito grande.
Apesar de não haver nenhum posicionamento consolidado, outra figura política ligada ao partido diz acreditar que esse seja “o caminho natural” a ser adotado. “Não temos dificuldade em apoiá-la, mas essa é uma questão nacional”, explicou a fonte, em reserva. “O Solidariedade tem uma vantagem porque está com o presidente Lula desde o primeiro turno. Temos uma relação política aqui construída”, completou. “Seria um caminho mais natural, mais fácil”.
Além de Marília Arraes, quem também disputa o Palácio das Princesas é a candidata do PSDB, Raquel Lyra, cujo partido também está em diálogo com Lula. Especulações apontam que, caso a sigla tucana decida apoiar o candidato petista algumas exigências serão feitas. Em Pernambuco, por exemplo, o PSDB pode exigir que Lula não suba no palanque de Marília, assumindo uma postura neutra, com o intuito de favorecer a candidatura de Raquel no estado.