Internamente, o nome de Marina Silva é o que agrada à maioria dos dirigentes do PSB para disputar a Presidência da República, substituindo Eduardo Campos, morto tragicamente em acidente aéreo anteontem. Mas a ex-ministra do Meio Ambiente ainda enfrenta resistência de diretórios do PSB, como os de São Paulo e em Minas. Em conversas particulares, os dirigentes do PSB têm tentado esboçar os possíveis cenários para recompor a chapa socialista.
Se Marina for mesmo confirmada como candidata ao Planalto, a tendência é que a vaga de candidato a vice seja preenchida por um integrante do PSB com fortes ligações com Campos. Entre os nomes cogitados estão o senador Rodrigo Rollemberg (DF), o deputado federal Márcio França (SP) e o líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS). “Por mais que estejamos consternados e chocados com a morte de Campos, a campanha tem de ir para a rua”, disse ao G1 um integrante da comissão executiva que preferiu não se identificar.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB) disse ontem em São Paulo que a definição sobre a futura chapa só vai ser tomada quando “terminarem as conversações” dentro do partido. “Nós temos dois prazos: o legal e o político. O legal são dez dias, e o político nós temos que ter consciência de que o horário eleitoral começa dia 19. O partido está começando a conversar, vai se reunir. Temos que compulsoriamente começar a conversar”, disse.
Segundo ele, o legado do Eduardo Campos “é muito forte neste momento”. Para o governador, a tendência do partido é ter candidato próprio. “Que a Marina é um grande nome, sem dúvida que é. Agora, o partido vai conversar, discutir, amadurecer essa decisão”, afirmou. (Do Portal G1)