Assessoria de Imprensa — A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) solicitou nesta terça-feira (1º de fevereiro) o apoio do Ministério do Turismo para a realização de dois projetos de grande porte: a abertura do Centro Cultural Clarice Lispector, no sobrado onde a escritora viveu, na Boa Vista, Centro do Recife, e a criação do Museu do Cangaço, em um anexo do Museu do Homem do Nordeste, campus Casa Forte da Fundaj.
“Ambos são projetos que impulsionarão o turismo da Região Nordeste. Clarice é uma escritora aclamada mundialmente. E o tema cangaço, enraizado na Região, ainda carece de um espaço que reúna sua memória”, ressalta o presidente da Fundaj, que enviou ofícios ao ministro do Turismo e manteve conversa pessoalmente durante a agenda de Gilson Machado Neto nesta terça-feira, no Recife.
Em relação ao projeto proposto para o sobrado onde Clarice Lispector residiu parte da infância, localizado na Praça Maciel Pinheiro, Antônio Campos destaca que, certamente, um centro cultural funcionando no espaço fortalecerá o turismo judaico não apenas em Pernambuco, mas no País. “A Fundaj tem um projeto sobre o restauro da Casa e carta de permissão da Santa Casa de Misericórdia para executá-lo.”
No início desta semana, Antônio Campos esteve reunido com o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto, e com Moisés Wolfenson, que representa a família de Clarice em Pernambuco, para tratar do projeto. “A família de Clarice pretende doar valiosos pertences da escritora para o Centro Cultural, reforçando sua forte ligação com o Recife, que foi sua geografia cultural fundadora”, adianta, acrescentando que o restauro da casa de Clarice Lispector será um marco do turismo literário mundial.
Por sua vez, a criação do Museu do Cangaço, que está sendo projetado para ser instalado no primeiro andar do Museu do Homem do Nordeste, campus Casa Forte da Fundaj, será montado com o acervo do historiador, escritor e colecionador, Frederico Pernambucano de Mello. Uma das principais autoridades no cangaço no Brasil, Frederico é autor de títulos como “Guerreiros do Sol”, de 1985, e “Estrela de couro: a estética do Cangaço”, de 2010.
“O Museu do Cangaço, com a Coleção Frederico Pernambucano de Mello, será um marco na museologia e um grande atrativo de público sobre esse fenômeno social, que foi o cangaço”, ressalta Antônio Campos. Ex-superintendente da Fundação Joaquim Nabuco, Frederico Pernambucano tem laços com a Instituição. As tratativas para a vinda do acervo do cangaço para a Fundaj já foram iniciadas. “Nesse sentido, pedimos o apoio do Ministério do Turismo, da Chesf, do BNB, entre outras instituições”, conclui Campos.