Na próxima segunda, o governador Paulo Câmara desembarca em São Paulo. Vai à mesa com o governador daquele Estado, Márcio França. Terá uma conversa com o gestor paulista antes de seguir para Brasília, onde deve ter encontro, na terça-feira, com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. A aliança prioritária de Márcio França, no âmbito da corrida pelo Planalto, é com o presidenciável Geraldo Alckmin. Caso o processo de tensionamento interno no PSDB venha a alterar os planos de manutenção do tucano no páreo, no entanto, eventual plano B de França, segundo socialistas ponderam em conversas reservadas, seria um aceno a Ciro Gomes, de quem Márcio é amigo. Em São Paulo, nada impede que candidatura de Márcio seja uma segunda opção para o PT, se o candidato petista, Luiz Marinho, não for para o segundo turno.
O cálculo que se faz é que entre João Dória e Márcio França, os petistas ficariam com o candidato do PSB, assim como ocorreria se a escolha envolvesse Paulo Skaf, pré-candidato do MDB. Com Márcio França, Paulo Câmara deve procurar harmonizar as costuras que envolvem alianças regionais entre PSB e PT, as quais podem acarretar composições “informais”, segundo o senador Humberto Costa adiantou, na corrida pela Presidência da República. “Nesse primeiro momento, ninguém está falando de uma aliança formal. A gente sabe que o próprio PSB tem composição heterogênea”, ponderara Humberto na última quinta-feira. Essa heterogeneidade a qual ele se refere inclui o caso de França, que é aliado de primeira hora de Geraldo Alckmin, com quem tem compromisso firmado. (Renata Bezerra de Melo – Folha de Pernambuco)