Por Magno Martins – Soube, há pouco, que o deputado André de Paula (PSD), tostado no fogo ardente da verdadeira inquisição em que se transformou a montagem da chapa da Frente Popular, pode ser salvo da degola da reeleição para a Câmara dos Deputados como vice na chapa de Danilo Cabral, nome a ser confirmado esta semana como postulante da aliança governista à sucessão de Paulo Câmara.
Sem chapa, o PSD não elege nenhum federal, inclusive o próprio André está fora das avaliações entre os que podem compor a nova bancada federal. Diante disso, o governador está sendo pressionado a abrir a vaga de vice na chapa majoritária para o ex-macielista, como assim André passou a ser conhecido e batizado depois que foi beijar a mão de Lula na intenção de virar senador com o seu aval.
Para virar vice e não ficar sem mandato no futuro, o político que jurou fidelidade eterna à cartilha macielista, terá que enfrentar o grupo de Eduardo da Fonte (PP), que detém a maior bancada de apoio ao Governo na Alepe, e torcer para que não prevaleça a tese da vaga de vice ser entregue ao PCdoB se a ordem da montagem da chapa obedecer ao critério da federação partidária de esquerda, formada pelo PT-PSB-PCdoB.