Desde que venceu em 2002 para a presidência da República, Lula conquistou expressivas votações em Pernambuco nas duas vezes que disputou o cargo, e impulsionou seus candidatos a vitória como Eduardo Campos em 2006 e 2010 e Dilma Rousseff em 2010 e 2014. Durante seu governo, Pernambuco vivenciou o seu melhor momento econômico com a atração de investimentos e a geração de emprego e renda para o estado, e isso gerou gratidão dos pernambucanos ao que representou Lula para o estado.
Desde que deixou a presidência da República em 2010, Lula seguiu bem-avaliado pelos pernambucanos com quase 90% de aprovação, e mesmo no auge dos escândalos envolvendo seu nome e a sua recente prisão, Lula ainda tem 70% de avaliação positiva e chega a atingir mais de 60% das intenções de voto para presidente em 2018 no estado em alguns institutos.
Todo este apoio político faz de Lula um grande cabo eleitoral em Pernambuco, e potencializa as chances dos candidatos apoiados por ele no estado. Uma evidência clara disso foi a pesquisa Ipespe que apontou Lula com 55% das intenções de voto e Fernando Haddad com 27% no cenário sem o ex-presidente, com uma transferência imediata de quase 50% dos votos sem qualquer tipo de propaganda.
No interior do estado onde Lula é bem mais forte, o ex-prefeito de São Paulo já tem citações de votos espontâneas com as pessoas que o desconhecem lhe chamando de “Andrade”, o candidato de Lula. Essa atitude do eleitor pernambucano denota a força de Lula no estado, e mostra que não só Haddad como Paulo Câmara e Humberto Costa terão grande competitividade na disputa pelo governo e pelo Senado, respectivamente.
Ficar contra Lula em Pernambuco já custou o governo a Mendonça Filho em 2006, o Senado a Marco Maciel em 2010 e poderá representar uma grande derrota aos candidatos oposicionistas em 2018, uma vez que eles não estão conseguindo lidar com a rejeição de serem contra o ex-presidente no estado, mesmo o petista estando na prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. (Edmar Lyra)