Ninguém tem dúvidas de que o governador Paulo Câmara (PSB) é um técnico competente. Mas isso, por si só, não ganha a eleição. Inábil no trato político e escorregadio ao montar uma aliança com o PT apenas por objetivos eleitoreiro o governador carrega um fardo pesado: 47% dos pernambucanos não votariam nele de jeito algum. Isso é o bastante para garantir que a eleição para governador vai mesmo para o segundo turno.
Mesmo com vantagem sobre Armando ( 27% a 21%) o início oficial da campanha de rua e no dia 31, com o guia eleitoral de Rádio e TV, a lógica mostra que deve aumentar, e muito, o bombardeio de críticas dos outros candidatos que se colocam como oposição ao projeto de 16 anos do PSB.
Com Lula fora da disputa quem herda os votos do ex-presidente é Marina Solva (Rede) que aparece com 12% das intenções de voto e tem o ex-prefeito Júlio Lossio praticamente com uma campanha amadora na casa dos 4%.
Com Fernando Haddad (PT) ainda incapaz de atrair todo o eleitorado de Lula para sua campanha ( cenários atestam isso) como PC vai “surfar” na onda do ex-presidente que se encontra numa jaula em Curitiba?
A tendência de Maurício Rands (Pros) é também de crescimento – foi o último candidato a ser oficializado – analistas apostam que os dois, ou um deles, pode chegar a casa de dois dígitos, isso sem falar em Armando que está com a “faca nos dentes” e um discurso afiado.
A missão de Paulo Câmara (PSB) torna-se, nesse cenário, uma missão quase impossível.