Desde que Guilherme Uchoa assumiu a presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2007 que foram cinco eleições subsequentes com a mesma liderança política ocupando o principal cargo da mesa diretora, durante quatro eleições da mesa, João Fernando Coutinho ocupou a primeira-secretaria, e durante as outras duas o cargo foi ocupado por Diogo Moraes que segue exercendo a função até 31 de janeiro de 2019.
Antes disso, a Assembleia Legislativa de Pernambuco já havia experimentado uma hegemonia de Romário Dias, que foi eleito para três mandatos como presidente, o que fez com que em dezoito anos a Casa tivesse apenas dois presidentes, praticamente duas décadas sem muita alternância de poder na Casa Joaquim Nabuco.
Com a morte de Guilherme Uchoa em julho, a Alepe experimentou um presidente diferente, que foi a escolha de Eriberto Medeiros para a eleição suplementar da mesa em agosto. O atual presidente da Casa estava com a sua candidatura a deputado federal colocada e acabou recuando para tentar a reeleição como deputado estadual, logrando êxito no último dia 7 de outubro.
Com a reeleição de 25 nomes e a chegada de 24 novos deputados, as articulações com vistas ao comando da Casa onde estarão em jogo sete cargos da mesa diretora estão a pleno vapor, não se fala em outra coisa senão em quem serão os sete ocupantes dos cargos diretivos da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Os nomes de Eriberto Medeiros e Diogo Moraes estão colocados no sentido de uma recondução, porém o que se comenta na Casa é que não há nada definido sobre a eleição. Eriberto possui relativa vantagem porque tem apenas três meses no cargo e tem atendido aos anseios da Casa com significativa atenção. Já o nome de Diogo Moraes, o que se comenta é que ele esbarra numa necessidade de modificar a constituição para ser reconduzido ao cargo. Isso funcionou por várias ocasiões durante a hegemonia de Romário e Guilherme na presidência, porém o desgaste sofrido pela Casa foi muito grande, o que hoje há indícios de preocupação com a opinião pública numa nova modificação da constituição para permitir a recondução de Diogo.
Ainda não se sabe o desfecho, porém muitas articulações estão sendo feitas, uma vez que estará em jogo a caneta de um poder legislativo que dá muita relevância política tanto ao presidente quanto ao primeiro-secretário e muitos, ainda que não se manifestem publicamente, estão sonhando acordados com a possibilidade de estarem nos postos de destaque da Casa Joaquim Nabuco. (Edmar Lyra)