A morte do conselheiro do TCE João Campos, ocorrida em junho, abriu uma vaga na côrte de contas que é almejado por dezenas de políticos e pessoas que orbitam em torno do Poder pernambucano. Apesar disso, o que poderia representar um fato positivo para o governador Paulo Câmara que seria a escolha de um novo conselheiro do TCE, ainda que em circunstâncias inesperadas, pode se configurar numa situação difícil a depender do nome que for apresentado.
Como o governador indica mas a Alepe é quem chancela a indicação, o nome não pode ter rusgas com os deputados, sob pena de ter sua indicação vetada pela Casa. Este fato já ocorreu com Germano Coelho no governo Miguel Arraes, e dependendo do nome, poderá se repetir, o que traria um desgaste para o governo.
O que se comenta entre os deputados é que não é apenas o nome que será apresentado, há uma reclamação generalizada por parte dos parlamentares a respeito do não pagamento de emendas, e por isso alguns deputados defendem a tese de que é chegada a hora de mandar um duro recado para o governo com a rejeição do indicado pelo governador para o posto.
Nos últimos dias houve uma chuva de nomes para o TCE, com destaque para José Francisco Neto, Milton Coelho, Sileno Guedes, Ernani Médicis, Nilton Mota e por fim André Campos, este último considerado mais palatável à Casa Joaquim Nabuco por ter sido integrante daquele poder e gozar de bom trânsito com a maioria dos parlamentares. Porém, ainda que André seja boa praça, alguns parlamentares sublinham que se não houver o pagamento das emendas para melhorar a relação entre os dois poderes, o risco de o governo receber um duro recado continua elevadíssimo. Portanto, é fundamental que o governador Paulo Câmara consiga resolver parte do problema sob pena de ter consequências difíceis na Casa Joaquim Nabuco. (Edmar Lyra)