O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a base governista, nesta quinta-feira (10), por incluir outros temas, além da Petrobras, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pela oposição à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, essa ampliação “não vai investigar absolutamente nada, muito menos a Petrobras”.
Mesmo assim, o tucano afirmou que irá permanecer na comissão, “pelo menos até um segundo momento” e voltou a repetir que a manobra do governo lembra a de um “AI-5”. “Eles estão cassando com maioria governista uma prerrogativa fundamental das oposições”, disse.
O senador comentou ainda o aumento dos empréstimos dos bancos para cobrir o rombo das distribuidoras de energia elétrica, que ficou bem maior que o previsto e deve chega a R$ 11,2 bilhões, segundo informações do Ministério da Fazenda.
Em março, o governo havia estimado que o total seria de R$ 8 bilhões. “Não é apenas essa bomba relógio que o governo do Partido dos Trabalhadores deixará para o Brasil”, disse Aécio. Segundo ele, toda vez que o governo adia a tomada de decisões relevantes “o custo aumenta”. “O custo das operações financeiras, daqueles que estão contraindo financiamento aumentará”, ressaltou, ao afirmar que o governo atual é movido por “uma agenda eleitoral, não por uma agenda do Brasil”. (Estadão Conteúdo.)
O tucano lembrou que esses adiamentos não fazem bem à economia brasileira e que em um eventual futuro governo do PSDB, a situação será diferente. “O país terá uma política fiscal transparente e firme, que tratará a inflação com tolerância zero”, disse.
