De acordo com o Ipespe divulgado pela Folha de Pernambuco, o governador Paulo Câmara teria 35% das intenções de voto contra 25% de Armando Monteiro e apenas 7% dos demais candidatos, brancos, nulos e indecisos formam 23% dos entrevistados e a margem de erro é de três pontos percentuais.
O Ipespe corroborou o Ibope e Datafolha que apontaram uma vantagem de nove pontos percentuais de Paulo Câmara em relação a Armando Monteiro, que surge em segundo lugar nas pesquisas. O mesmo levantamento apontou um dado que até então era motivo de comemoração dos defensores de Armando que é a rejeição. Se havia uma diferença significativa nos levantamentos anteriores, o Ipespe apontou que Paulo Câmara tem 48% de rejeição, mas Armando Monteiro também viu sua rejeição praticamente igualar com a do governador, com 46%, o que tira o discurso oposicionista que Paulo é muito rejeitado e que Armando não é.
Pois bem, quando se transforma os números do Ipespe em votos válidos, que é a contabilidade do TRE para determinar o vencedor, e exclui brancos, nulos e abstenção, o governador chega a 52,23% e já seria reeleito no primeiro turno. O seu rival Armando Monteiro chegaria a 37,31%, enquanto os adversários ficariam com 10,46% dos votos válidos.
Em se mantendo os votos válidos de 2014 que foram de 4.420.036 votos, Paulo Câmara seria reeleito com 2.308.855 votos, enquanto Armando Monteiro ficaria com 1.649.115 votos, e os demais candidatos atingiriam juntos 462.066 votos. Esses números dariam a Paulo Câmara uma dianteira de 659.740 votos em relação ao segundo colocado Armando Monteiro. Apesar de ser significativa a vantagem, ela seria a menor diferença de um governador eleito desde 1990 quando Joaquim Francisco derrotou Jarbas Vasconcelos por menos de 200 mil votos.
Faltando 24 dias para o pleito eleitoral, está cristalizada a primeira colocação de Paulo Câmara, e a vitória no primeiro turno está se consolidando a cada dia e pesquisa divulgada, cabendo a Armando, Julio Lossio, Maurício Rands e demais candidatos evitarem que a fatura seja liquidada no dia 7 de outubro, mas o tempo corre absurdamente contra os adversários de Paulo Câmara, que precisam de um fato novo para mudar a trajetória de reeleição do atual governador nas pesquisas. (Edmar Lyra)