Nas últimas semanas a presidente nacional do PCdoB e vice-governadora eleita de Pernambuco, Luciana Santos está numa verdadeira maratona entre São Paulo, Brasília e Pernambuco para tentar de forma sua sigla viva depois da criação da cláusula de desempenho que estabelece os critérios para que partidos tenham tempo de televisão (para propaganda partidária) e acesso ao fundo partidário (o dinheiro público que é repassado às legendas). Para ter direto, as siglas devem cumprir vários critérios, por número de deputados eleitos, ou por % de votos obtidos. Uma dos critérios é eleger no mínimo 9 deputados em nove estados diferentes.
O PCdoB conseguiu eleger 10 parlamentares para a próxima legislatura o grande problema da sigla é que os deputados foram eleitos em apenas sete estados diferentes a cláusula de desempenho obriga ser em nove estados separados. Deixando o famoso Partidão depois de 56 anos de fundação fora da lista de partidos com acesso a tempo de propaganda e ao fundo partidário, justamente sob a presidência de Luciana Santos.
Até que arranjaram uma saída para que a sigla continuasse viva e em pleno vigor. Depois de muito diálogo e debates internos o PPL (Partido Pátria Livre), deixará de existir e se fundirá com o PCdoB, sem mudar nome nenhum, apenas os filiados desse quase extinto partido integrará as fileiras comunistas a partir de então. O PPL é oriundo do antigo MR8, que passou muito tempo no também antigo PMDB, e depois se tornou partido.
Por fim, o PCdoB caiu significativamente desde a eleição de 2014, segundo pesquisa, mais de 30% de queda no desempenho eleitoral. Em Pernambuco houve um pequeno acréscimo com a conquista da cadeira na Alepe com o ex-prefeito do Recife João Paulo e renovou sua única cadeira na Câmara Federal com o ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros. Além de emplacar Luciana Santos na vice de Paulo Câmara, como prêmio as articulações da sigla – leia-se Renildo Calheiros -, para minar a candidatura de Marília Arraes e levar o PT para o palanque do governador. (Elielson Lima)