Eleito em 2010 ao lado de Eduardo Campos e Humberto Costa, Armando Monteiro (PTB) começa a se despedir do tapete azul do Senado em grande estilo, depois de amargar duas derrotas consecutiva para o Governo de Pernambuco em 2014 e em outubro deste ano.
Mesmo perdendo o protagonismo na liderança da Oposição no Estado, Armando encerra seu mandato de oito anos na Casa Alta em Brasília com grande estilo. Ainda essa semana fez um discurso pesado contra a flexibilização da Lei da Ficha Lima e foi figura importante ao lado de Randolfe Rodrigues para que esse projeto fosse para o ralo. Ontem, começou valer uma lei de sua autoria para ampliar a desburocratização da exigência de documentos excessivos em viagens. Outro projeto de sua autoria que tornou-o conhecido Brasil a fora foi a Lei do Simples Nacional.
O pernambucano sempre foi uma voz forte e altiva na Comissão de Assuntos Econômicos e na famosa CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), ambas ele é titular desde março do ano passado. Quem o conhece em Brasília ver a ‘máquina’ que ele se transforma para exercer o mandato de senador.
Por fim, resta ao ex-ministro e ex-presidente da CNI se reinventar, acertar um novo caminho. Ou tenta alguma alternativa já na eleição de 2020, coisa que particularmente acho muito improvável ou pavimentará seu retorno à Câmara dos Deputados em 2022, onde já exerceu também um grande mandato como deputado federal. Uma coisa é certa: chegou a hora dele passar o bastão do protagonismo da Oposição em Pernambuco e reconhecer que as derrotas pesam sobre ele. (Elielson Lima)